quarta-feira, 27 de março de 2013

MAR PEQUENO!

Não pude deixar de colocar o link deste documentário aqui no blog!


Um documentário emocionante sobre gente simples com vida simples, lembrei muito de meu avô, belíssimo filme! Fiquei impressionado com a maneira como um comerciante guarda toda a história de um povo, e me emocionei com o caiçara que se lembrou dos pais... lindo lindo!

Assisti esse vídeo pela primeira vez no blog do Bepaluhe, ai vai o link:
http://bepaluhe.blogspot.com.br/


Filme: Mar Pequeno
Duração: 28 minutos
Produção: Deborah Dornellas e TV Câmara
Direção e roteiro: Deborah Dornellas
Fotografia: Marconni Andrade

terça-feira, 26 de março de 2013

A NOVA CARRETA DO VIVRE

Novamente estou tendo problemas com carreta de encalhe, da outra vez o Fábio me deu uma força, agora a coisa piorou, já que terei de fazer uma carreta nova.
Quando decidi tirar o Vivre (ex piano piano) da água, procurei um profissional que fizesse uma empreitada para toda a reforma, vi o preço e combinamos, na hora de subir o barco uma surpresa, fica em R$ 1.000,00 para subir o barco e mais um aluguel de R$ 50,00 por dia de carreta, o empreiteiro calculou uns 10 dias para a reforma (mas eu esperava pelo menos 30) então por baixo só para deixar o barco em terra ficaria em R$ 1.500,00, quase caí de costas, bem fiz as contas e com R$ 400,00 eu mesmo faço a carreta e volto para o Tamoios iate clube que não vai cobrar nada para tirar o barco da água, somente R$ 210,00 por mês, ou seja tem trabalho pra caramba, mas como diz o comodoro Magalhães:
"Velejador ou é pobre ou é mão de vaca!"
No meu caso os dois, e por isso me recuso a ser assaltado em R$ 1.500,00 para deixar o barco 10 dias em terra, R$ 2.500,00 se meus cálculos estiverem certos e a reforma durar 30 dias!

Como nem tudo são pedras, o Fernando do Acrux me ofereceu (na verdade eu pedi e fui prontamente atendido) a carreta do acrux, mas pensei bem e fiquei com medo de demorar na reforma, por isso fui lá e peguei as medidas da dita cuja e vou fazer algo parecido, abaixo segue uma foto do projeto 3D da carreta que servirá de base para a construção, conforme for andando vou postando, no próximo post vou postar o desenho técnico de cada peça separadamente com medias e tudo mais, antes que alguém perceba, eu sei está faltando o eixo...

Vale lembrar que esse desenho é só um guia, talvez seja necessário mudar alguma coisa, veremos!

sexta-feira, 15 de março de 2013

A DESPEDIDA DO VELEIRO PIANO PIANO!

Dias quentes e criançada se divertindo a beça, assim foi o último final de semana da família no piano piano, isso mesmo, o piano piano vai deixar de existir, no lugar dele vai nascer o VIVRE II.
Pretendo fazer várias melhorias no barco, trocar as velas, a antepara, as adriças e escotas, pintar o costado, fazer o fundo e interior do barco, trocar as vigias, calafetar e colocar um motor de 8 rabeta longa, ufa... haja cascalho para tanta coisa.
Pretendo subir o piano piano no máximo até o dia 23 de março de 2013, estou negociando com um profissional, só falta pegar umas referências dele e baixar o preço um bocadinho.

Para que a família se despedisse do barco, resolvemos dormir no veleiro esse final de semana que passou, tínhamos a ideia de velejar ali por perto do Saco da Ribeira mesmo, mas a coisa foi ficando tão boa, o dia estava tão gostoso que não saímos da poita, fomos todos fazer as trilhas da Ribeira até a praia do Flamenguinho, e depois ficamos remando o bote pela Ribeira mesmo (pelos cantinhos é claro, sem atravessar o canal), abaixo algumas fotos do final de semana!
Café da manhã de despedida do Piano Piano
No meio do caminho tinha uma pedra!
Vamos no remo mesmo!

Família Buscapé

Abaixo temos uma sequência de fotos da série: Outro olhar para o Saco da Ribeira!



Tenho que falar, esse verão foi o mais intenso da minha vida, teve de tudo, golfinhos, acidentes, tempestades, calmarias, visitas, chegadas e partidas; Meus amigos, COMO É BOM TER UM VELEIRO, não falo isso com soberba ou arrogância, falo com o sentimento de uma pessoa que realiza um sonho cada vez que pisa no barco, como uma criança que ganha aquele brinquedo que ela estava esperando sabe como é?
A partir de agora vamos reformar o veleiro e conforme as coisas acontecerem eu vou postando. Até breve!

segunda-feira, 11 de março de 2013

VISITA DE PESO!

Juca o visitante!
Bem, como a maioria de vocês já sabe, dia 2 de março de 2013 fiz um curso com o Juca Andrade lá no veleiro Malagô que é vizinho de poita do piano piano, além do curso fiz um pedido especial e fui atendido, gostaria que o Juca visitasse e velejasse o piano piano comigo e apontasse as falhas do barco e as minhas também, assim foi feito, no Domingo dia 03 recebi o Juca e o Ricardo Stark no meu humilde barquinho.

Me senti como em uma audição, lá estavam dois feras da vela no cockpit do piano piano e a ordem foi a seguinte:
- Walnei, monta tudo como você sempre faz, nós estamos aqui para ver como será feito.
Assim que peguei na adriça da mestra o Juca deu um pulo!
- Para ai, que lais de guia estranho é esse??!! Não esta errado, porém, não esta certo também.
Cara, meu lais de guia sempre foi assim e eu não conheço outra maneira de fazer, pois bem, percebemos que em alguma laçada em vez de passar por baixo eu passei por cima ou vice-versa, e lá estava eu prestando atenção em como se fazer o lais de guia corretamente. Agora faço o nó certinho com os olhos vendados.

Aluno aplicado! 
Ricardo Stark no comando no Piano Piano!
Subi a mestra e logo depois a genoa só para ver se estava tudo correto e em ordem, um dos meu problemas  sempre foi descer a mestra, ela fica "voando" pelo convés, saia do trilho do mastro e me dava um trabalho que eu percebia que os outros velejadores não tinham, e em um momento por que não pensei nisso antes, o Juca foi lá e amarrou um cabo solteiro no mastro logo acima do ponto onde entram os torpedinhos, pronto, um drama já estava resolvido, agora era possível descer a mestra e ir acomodando a danada sobre a retranca de maneira fácil, rápida e indolor, dai eu repito: Como eu não pensei nisso antes?

Caso da mestra resolvido, fomos velejar e ver como o cruiser 23 se comportava, tive boas notícias e alguma mais ou menos, os professores passaram a lista de trabalho de casa:

1- Troca a antepara do barco.
2- Arrumar velas novas, pois as que eu tenho já estão deformadas demais e atrapalham no rendimento e manuseio do veleiro.
3- Arrumar um jeito de melhorar a maneira com que o amantilho é preso e regulado
4- Dar um jeito no burro (não eu o contra-amantilho)
5- Desenharam, e me passaram a lista de materiais para colocar cada adriça e escota ao alcance da mão ali dentro do cockpit, de maneira que apenas uma pessoa possa tocar o barco, minimizando em muito a necessidade de ir até a proa do barco para executar as tarefas.
Em dia de aula nada de cerveja no barco! Só refrigerante e chá gelado!
6-  Arrumar um enrolador de genoa, já esta no forno, falta combinar com meu salário como vamos pagar o equipamento!
7- Melhorar o aparelho de fundeio, tem pouca corrente.
8- Nunca, mas nunca mesmo pernoitar em uma praia  de cara para o sudoeste.

Outra coisa que me deixou bem animado foi a avaliação que os dois amigos fizeram do barco, eu comprei o barco sem consultar um profissional, fui meio que na sorte e instinto mesmo, e de acordo com os entendidos visitantes no piano piano, não fiz besteira...

É amigos, agora vem pela frente um período de reforma do barco, estou orçando alguns profissionais para transformar o piano piano no novo VIVRE!

Só tenho a agradecer aos dois visitantes o Ricardo e Juca pela aula, pela velejada, pelas dicas, pela paciência!

Obrigado!

quinta-feira, 7 de março de 2013

BOM PAPO, BOM BARCO E ÓTIMA VELEJADA!

As velas do clássico Malagô
Aprender a fazer bem feito, essa foi a minha ideia quando decidi fazer uma aula com o Juca Andrade da escola de vela oceânica Clube Cusco Baldoso nos dias 02 e 03 de março de 2013, a bordo do clássico e belíssimo veleiro escola malagô, eu, Ivan (que vai iniciar uma bela aventura que pode ser conferida no blog dele), Eduardo e André fomos agraciados com um dia perfeito para a prática da nobre arte de velejar, outra grata surpresa foi a presença do Comandante Ricardo Stark do conservadíssimo, belíssimo e cobiçadíssimo veleiro Gaipava, Stark foi imediato e proeiro do malagô durante a nossa aula!

Eu já sabia velejar, conheço bem o ripeam mas não estava seguro, aprendi tudo praticamente sozinho e faltava uma avaliação sincera e crítica de um profissional da área, por esse motivo decidi fazer um curso básico e combinei com o Juca uma velejada no piano piano para que ele me mostrasse o que seria necessário melhorar em mim e no barco para que minha família tivesse uma experiencia divertida e segura a bordo! E minhas expectativas foram superadas; Depois volto a falar disso, agora gostaria de contar o dia maravilhoso de velejada no sábado dia 02/03/2013.

Fui para Ubatuba na sexta-feira a tarde e como estava cansado pra caramba dormi bem cedo no piano piano, no dia seguinte teria de raspar o casco do piano para poder velejar no domingo. Durante o início da noite ventou muito e o barco balançou demais, o que atrapalhou um bocadinho meu sono. No sábado de manhã as 07:00hs fui para a água raspar o casco, a água esta fria e o casco estava em um estado lastimável de cracas, tinha até siri escondido no meio das algas ou seja lá o que eram aquelas coisas grudadas no casco, o problema de raspar a craca é que tem uns bichinhos parecidos com "camarõezinhos" que se soltam do barco e grudam na gente, e coça pra caramba, uma hora e meia de serviço e o fundo do piano piano estava igual bunda de bebê, lisinho lisinho, como eu mesmo raspei o casco economizei R$ 60,00 e ganhei a certeza de um serviço bem feito! (ehehe se eu não fosse humilde eu seria perfeito, ehehe)
André (camiseta branca), Eduardo (no timão) e Ivan nosso ciclista

Lá pelas 9:30 percebi que alguém chegava trazido pelo barquinho da AUMAR no malagô, que fica em uma poita vizinha do piano lá no Saco da Ribeira, imediatamente chamei a embarcação da AUMAR e fui para o barco escola conhecer o novo companheiro de aula, era o Eduardo, uma cara muito tranquilo e gente boa que tem planos bem legais para os próximos anos, ficamos lá batendo papo até por volta de 10:20 quando a baleeira da AUMAR trouxe o resto da tripulação, conversamos sobre a história da embarcação e sobre o que seria ensinado na aula, soltamos as amarras e logo estávamos velejando o incrível malagô!

A enseada da fortaleza estava com um vento bem legal e velejamos por umas 4 ou 5 horas nos revezando na condução da embarcação sob o olhar cuidadoso e didático do Juca, a cada manobra uma explicação ou dica se fazia escutar pelo Comandante, fizemos tudo, bordo, jaibe, orçar, arribar, tudo mesmo, incluido regulagem de velas, lá pela tantas, após um jaibe que foi feito com a escota da mestra um pouco folgada ...CREC..., quebrou-se uma argola que fixava uma das pontas da mestra na retranca, rapidamente e sem nem mesmo rizar a grande o problema foi sanado com um cabo solteiro e logo nem lembrávamos que a tal argola de inox um dia existiu.
Pôr do sol no Saco da Ribeira (foto do Ricardo Stark)
Acabou-se a aula e fomos todos convidados para penetrar um churrasco na casa do sogro da irmã do André, o Seu José, marido da Dona Tina, um casal super nota 1000 que nos recebeu maravilhosamente bem, e como velejador com fome se ajeita rapidinho, logo estávamos saboreando uma farofinha com banana, arroz branco e um churrasco daqueles, a conversa foi embora até bem de "noitinha" e saímos todos de "pandu cheio".


Cheguei no piano por volta das 23:30 e logo estava dormindo, no próximo post conto como foi a visita do Juca e do Stark ao piano piano! Até lá...

segunda-feira, 4 de março de 2013

MINHA ÚLTIMA VELEJADA COM O VIVRE!

Amigos leitores, acabou, chegou o fim de uma gostosa aventura, o meu pequeno vivre foi vendido, o barquinho professor vai ensinar outra pessoa a velejar, vai dar a outra pessoa histórias para contar.

Antônio Carlos, o cara gostou do barco adernado!
Neste dia 28/02/2013 coloquei o vivre na água para navegar com o Antônio Carlos, o novo proprietário do barco, e o vivre estava impossível, realmente parecia que o danadinho estava se exibindo, qualquer ventinho e o barco praticamente orçava sozinho, como o vento estava prá lá um pouco de fraco e eu já perdi o "traquejo" do 16 pés, fomos só de genoa, abrimos a mestra só por alguns minutos para o Carlos dar uma olhada, e mesmo assim o pequeno notável tahiti 16 adernava com vontade, e era isso que o Carlos estava procurando, novamente foi amor a primeira vista. O exibido vivre, deu seu show em uma velejada gostosa de mais ou menos 2 horas, e conquistou o Carlos!

Me parece que a história se repete, assim como eu fiz, o Carlos fez, comprou o barco sem ter habilitação e nunca teve contato com veleiro nenhum, aliás, essa foi a primeira velejada dele, acho que esta é a sina desse valente barquinho, ensinar a velejar!

Depois que recolhemos o barco, o Carlos foi até a administração do IC para cuidar da papelada, e eu fui até o vivre para me despedir dele a sós, entrei dentro dele, arrumei cada coisinha que estava fora do lugar, estivei a âncora direitinho lá na proa, desci do barco e dei um beijo no costado, agradeci ao barco os bons momentos e saí!

O Pequeno notável Tahiti 16
Carlos, espero que o vivre lhe traga felicidade e boas histórias para contar e lembrar, assim como ele fez comigo e com a minha família!
E apesar do barco agora ser seu, eu desde já me convido para algumas velejadas com "meu" barquinho preferido!